E a próxima a se apresentar é...

quinta-feira, 14 de agosto de 2008

eu.

Eu estava lá, sentada, olhando para a cara da minha irmã. Minhas mãos suavam frio e meu estômago dava reviravoltos. "Deus, é agora..."
Subi no palco, fechei a cortina preta. O baterista sorridente e o baixista me desejaram boa sorte e em segundos estava cara a cara com o Massimo. Ele também suava:
- Deixe-me ver.
Ele pegou na minha mão e sorriu.
- Fica tranqüila.
Era fácil falar, sabe. Ele vive disso! Está acostumado com o público, com os olhares, com as críticas... É tudo muito fácil pra ele. Mas, pô, eu não sabia cantar. Tinha sido péssima no ensaio e... Ok, eu ia tentar ficar calma.
Depois disso ele repassou a música comigo. Cantei direito. Mas não tava valendo, afinal, estávamos só eu e ele e, bem, é diferente.
Peguei no microfone, se houvessem palavras para descrever minha cara seria isso: "ASHUINVRSAHNRIALSGERUASF", ou algo pior.
Ele entrou, tocando magicalmente, como ele sempre faz. Eram as atenções todas pra mim. Todas, sem excessão. Comecei.
Não desafinei, não errei, não ri nem chorei. Fiquei... bem. Me senti melhor. Me senti mais... não sei o quê. Mas foi algo único.
A platéia cantou comigo. Ótimo gosto o dela. Surgiram alguns comentários tipo "Que fofa" e coisas do gênero. Me senti meio criança, meio vulnerável. Mais que o normal, pra falar a verdade.
Dei uma última olhada pro Massimo. Sorri. Sorri de verdade. Eu estava feliz. Muito feliz.
Depois os outros músicos entraram, e nós fomos para a segunda música. A qual eu errei toda.

Mas, tudo bem. Foi irado.

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