Conto de uma madrugada de verão

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Eram quase três horas da manhã. Ela, como o de costume, tentava dormir. Deixou o celular na bancada do quarto, posicionado-o corretamente para se a qualquer ruído ela pudesse pular da cama e atendê-lo com sucesso. Mas não havia nada, nem um barulho. Seus olhos estavam quase se fechando, às vezes ela os fechava devagar e pensava que tinha ouvido alguma coisa, abria-os de novo, nada.
Deram quatro, cinco, seis horas, e nada dela pregar o olho. Às sete e vinte o despertador tocou.
- Já sei, já sei.
Levantou da cama cansada, abriu o telefone só para ter certeza que não tinha dormido e perdido uma mensagem qualquer, e foi para o banheiro. O telefone tocou.
- Alô?
- Oi, você me ligou?
- Liguei, ontem, às dez horas. Quer dizer, eu pensei que você não tivesse ouvido e liguei algumas vezes depois também.
- É, eu tava fora.
- Seu cafajeste cachorro insensível ridículo nojento filho de uma égua!
Ela se retirou, magoada, sentando-se em cima da poltrona estampada com florzinhas, caindo em prantos. Logo um ruído no telefone:
"Minha mãe teve um ataque cardíaco repentino, sabe... Tive que levar ela pro hospital"
- Ai, amor, era brincadeira hihhii. Você achou realmente que eu tava falando sério? Que isso amor! Manda um beijinho pra ela, eu vou aí levar um chocolates amanhã. Te amo muuuito.

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Inspirado nos contos da minha musa (secretamente) inspiradora Corra Mary.

Versão melosa só no De Bonnes Raisons.

1 comentários:

Renata Paiva disse...

Oi bia!
comoassim bial? você te um blog? :choquei:
anwya, viadagens a parte, já fucei tudo, adorei. :D

E apesar de ter o filme no pc e ouvir as música maniacamente, eu ainda me derreto vendo a cena de As-tu déjà aimé.:megababa:

XD Kisus
;**